NUMA MANHÃ EM MACEIÓ DE 1970
Maria do Socorro Farias Ricardo
Corre a brisa numa manhã de Maceió
o silêncio fala com o agitar das águas
Santana do Ipanema não sai de mim
Santana solar Santana do Ipanema
Navegar em silêncio por esses mares
navegam as palavras e os jangadeiros
Santana sertão do Ipanema que lava
as pedras da cidade solar de saudade
Santana do Ipanema, AL. Maria do Socorro Farias Ricardo
Corre a brisa numa manhã de Maceió
está escrito com as palavras da manhã
Nas manhãs maceiós de Maceió em 1970
na praia de Pajuçara descansam jangadas
que viajaram por uma terra de lembranças
a cada tique-taque tique-taque das ondas
Santana do Ipanema viaja em sua história
em formato de serrotes, montes e pedras.
Corre a brisa numa manhã de Maceió
Correm os pés numa areia de Maceió
Voa brisa
Voam pés
A cada passo afundam-se lembranças
Vão a cada onda estas livres palavras
Santana do Ipanema, Alagoas abraçam-na
em formatos de serrotes, montes e pedras.
Santana do Ipanema, AL. Maria do Socorro Farias Ricardo